A desinformação intensifica a polarização social e coloca em risco a capacidade de tomar decisões devidamente informadas, impactando negativamente aspectos fundamentais das nossas democracias. Para enfrentar esses desafios, é necessária uma abordagem inovadora e adaptável que considere as rápidas evoluções do ambiente digital.

Tanto os Estados quanto os setores empresariais devem resistir à tentação de apoiar uma forma autoritária de capitalismo. Embora tenha potencial para produzir crescimento no curto prazo, a realidade mostra que não é o sistema adequado para promover o desenvolvimento da região.

Existe uma relação íntima entre migração e desenvolvimento sustentável. A situação das pessoas que se deslocam através das fronteiras internacionais é um fator determinante para progredir no cumprimento dos ODS até 2030.

Estamos vivendo uma crise de desinformação marcada pela desconfiança dos cidadãos em relação aos partidos e instituições políticas, jornalismo débil e nossas vidas híbridas entre o virtual e o físico.

Enquanto a maioria dos indicadores que medem a qualidade da democracia aponta para seu declínio e alerta para retrocessos autoritários, a academia está dividida entre aqueles que identificam esse retrocesso com a autocratização e aqueles que veem estagnação ou, inclusive, resiliência.

A implementação de políticas públicas adequadas, juntamente com uma cooperação migratória mais eficaz entre os países da região, permitiria avançar para um cenário de democracias inclusivas e, em última análise, de desenvolvimento global.

A migração pode tornar-se uma força positiva se os seus desafios forem devidamente geridos e as suas oportunidades aproveitadas corretamente. Uma infraestrutura social robusta, uma colaboração eficaz entre vários atores e uma abordagem de segurança centrada nas pessoas são elementos-chave para alcançar esse objetivo.